Questão de pele... (minhas tatoos)

01 julho, 2013

Na mesma estação


Creio que por algumas vezes ja tenha falado sobre a analogia em que nossa vida é como um vagão de um trem...
A cada dia me convenço o quão perfeita e sublime é essa ilustração.
De fato, nossa vida é semelhante a um vagão. Onde durante nossa trajétoria pessoas sobem e descem constantemente em nosso trem.
Algumas pessoas surgem em determinada estação e percorrem conosco por longos percursos. Outras nos acompanham numa breve viagem. Existem aquelas que aparecem, somem - sobem e descem da nossa vida e e quando menos esperamos retornam numa estação mais adiante...
Talvez isso seja viver...
Aos meus olhos, a beleza disso tudo não está no apego de quem segue conosco, nem tampouco na lamúria de quem apenas passa por nós por breves momentos.
Ao meu ver, a beleza está na vivência, na alegria, no prazer de sabermos que algo ficou conosco e algo de nós tambem se foi com cada pessoa que nos permitimos vivenciar quaisquer que sejam as experiências.
Romper elos, relacionamentos, aliviar bagagens é algo necessario a todo ser humano. Mesmo muitos de nós não sabendo lidar com finais, a beleza da vida se encontra também nos recomeços. Nas novas viagens.
Sou uma pessoa de sorte. Os ventos (na maioria das vezes) sopram em meu favor me trazendo pessoas que alegram meu trem.
 Pessoas que com sua amizade transformam aos poucos o cinza, o opaco, o insipto  em cores cintilantes que  trazem sabor e aquecem a alma. Pessoas que acrescentam  ao seu mundo  sensações que aparentemente sempre te pertenceram. Que te lêem e te descobrem com  simplicidade e naturalidade. Que fazem a politica parecer mansa mesmo em tempos de manifestos, que discordam concordando e concordam discordando, que faz a noticia ruim parecer leve, as decepçoes releváveis, os dissabores perdoáveis. Que silencia os barulhos com música e os ruídos com poemas. Que faz pensar como os grandes filósofos, embora traga em sua bagagem uma simplicidade de andarilho.
Mesmo com alma livre de pássaro que conhece os prazeres dos diferentes tipos de vôos, desliza sobre tais trilhos com a segurança de conhecê-los bem. Fazendo com que o caminho, a companhia, o compartilhar politico, espiritual e pessoal se tornem impares e especiais.
Nessa tarde cinzenta de frio e chuva, após ler um presente em palavras que ganhei, tive a necessidade de agradecer aos céus, aos deuses, o privilegio de ser lida por pessoas tão especiais que mesmo em meio a "loucura da cidade", pausam para me ouvir, para dividir comigo musicas, reflexões, poemas e angústias.
Obrigada Obrigada Obrigada....  Mto em breve postarei meu "presente".
...Que a musica, a poesia e a companhia não curem, mas que sempre possam ajudar a amenizar.
 Carpe Diem

Com direito à pseudonimos,
Ao meu Amigo e companheiro Rafael,
com carinho Cássia.... rs







Um comentário:

Anônimo disse...

Compartilho desta tua ideia de que uma estação de trem é uma analogia perfeita para representar o vai e vem de pessoas das nossas relações pessoais. Você subiu no mesmo vagão em que eu estava( ou vice versa), talvez eu tenha que descer antes que você deste vagão(ou vice versa),mas o que importa é que o trem está indo para a mesma direção que queremos chegar, uns chegam ao seu destino antes da viagem terminar, outros só chegam na parada final da viagem. E é esta sensação de fragilidade da vida, que derrepente tudo pode acabar pra recomeçar tudo outra vez, na minha opinião é o motivo de ciumes dos deuses à nossa condição humana, pois pra eles a vida é monótona, algo entendiante já que eles sabem de tudo antes mesmo que aconteçam, convenhamos a onisciência é um saco! Nós vamos vivendo esta beleza trágica chamada vida sem saber o que nos aguarda, cada instante se torna eterno, pois só vivemos ele uma única vez. Isto é belo! É esta a filosofia da condição humana:"Sei o que quero, mas não sei se o quero é o que a vida quer pra mim.Como saber o que a vida quer?"




Só mesmo se ousarmos pular dos penhascos na expectativa que a queda mortal se transformará em um voo. No inicio do voo é difícil saber como aproveitar as correntes de vento, o peso das asas é um incomodo, há outros seres nos céus que já sabem voar e tentam impedir que outros seres percam este medo de "pular do penhasco", tudo parece nos fazer desistir. Mas depois que se supera tudo isto, nossa vista é a melhor possível, passamos a enxergar as coisas do alto, e agora decidimos se vamos descer para participar das coisas do mundo que antes nos pertencia, se faremos nele apenas uma pequena pausa para descansar as asas ou se continuaremos a percorrer a imensidão dos céus que nos aguarda com suas armadilhas e seus vislumbres.

Que mais obras literárias venham a nossa inspiração.