Questão de pele... (minhas tatoos)

19 agosto, 2014

Bom senso, cadê?

Oi gente! Quanto tempo hein?
Pois é, muitas coisas estão acontecendo e euzinha sem computador para registrá-las por aqui. Sei que a sensação de quem passa por aqui é de abandono, mas juro que não! Tenho estado sem tempo e sem um computador pessoal para que eu possa atualizar o blogg.
Mas enfim, chegou o dia de acabar com essa solidão. Tirar as teias de aranha e tecer meus (in) significantes comentários sobre algumas questões que tenho presenciado.
Quero primeiramente dizer que lamento muito a morte do até então candidato à presidência Eduardo Campos. O Brasil não só perdeu um politico, como cidadãos pais de família, cada um com sua historia num trágico acidente. Todos daquela aeronave, assim como muitos brasileiros têm suas vidas ceifadas de forma trágica e inesperada. Como ser humano me solidarizo aos familiares e lamento essas perdas.
Quanto a postura de sua vice Marina Silva,  prefiro não estabelecer juízo sobre as fotos tiradas durante o velório. Pessoalmente acho que algumas posturas foram de tamanha incoerência para tal ocasião. Concluímos assim, que a falta de bom senso tem imperado em nossa sociedade, trazendo um ar de normalidade para a falta de bons modos e coerência à determinadas situações.
Mas o que eu realmente quero expor nesse post é a incoerente postura de muitos cidadãos que têm usado das redes sociais para tecer suas opiniões quanto ao cenário politico que estamos vivendo.
O descontentamento têm feito com que pessoas de modo superficial e leigo, estabelecessem opiniões sem profundidade e coerência.

Tenho visto pessoas atacando políticos sem bases argumentativas. Vozes de massa, como aquelas que pediam para Pilatos: CRUCIFICA-O! Sem obterem critérios coesos para tais pedidos.
Da mesma forma, lamento a postura de militantes que sacramentam seus ídolos políticos como mártires, livres de quaisquer críticas.
Cada vez mais desenvolvo a vontade de trilhar o caminho do meio, caminho esse que está longe de ter como  sinônimo o “estar em cima do muro”, muito pelo contrário, é possuir a consciência de que para estabelecermos determinadas críticas, precisamos antes de mais nada sermos coerentes com nossas posturas.
De que adianta discursos humanitários, senso de justiça e uma fé cristã se em nosso dia a dia, não temos a capacidade intelectual de estabelecermos analises que diferenciem pessoas de ideias.
Pode reparar, em períodos de eleição, desabrocham pessoas que desfrutam de uma vida confortável, que nunca se interessaram por politica e pelos problemas sociais, como grandes críticos  defensores do povo. Mas pergunto eu: que povo é esse?
Quando falamos em reforma agrária, quando falamos em de distribuição de renda,  quando é proposto políticas públicas que incluem e beneficiam o povo e as minorias, o “povo” que não gosta de povo vem com o velho e raso discurso: “Não podemos dar o peixe, precisamos ensinar a pescar!”
Assim nos cansamos de ouvir sobre o Bolsa Família, sobre as cotas raciais e outros programas do governo federal.
Eu lamento profundamente a valia e a nobreza de se ajudar ao próximo através do discurso assistencialista  e das caridades feitas de modo estritamente religioso.
Em nome de Deus, tudo é valido, migalhas aos pobres, agasalhos no inverno, sopão aos mendigos, cestas básicas, brinquedinhos para crianças carentes no natal. Tudo isso ganha um caráter de bondade e caridade. E o papo do ensinar a pescar, como era mesmo?
Muitos desses que criticam ferrenhamente politicas públicas inclusivas são os que mais se envolvem e se beneficiam das glórias do assistencialismo social que praticam.  Afinal como irei me enobrecer se todos forem iguais?
O discurso do amor cristão não vale de nada quando nos denunciamos ao destilar o ódio e o egoísmo que habita em nós.
Ainda ontem após a sabatina com a presidenta Dilma no Jornal Nacional, entrei no Face book para visualizar a repercussão de tal entrevista, grande foi a minha surpresa ao presenciar comentários de determinadas pessoas à presidenta. Insultos pessoais de quem não consegue distinguir pessoas de ideias,  por não terem argumentos insultam e menosprezam a pessoa física invés de tecer criticas pontuais às posturas ideológicas.
Fico enojada com o caráter (ou a falta dele)  de pessoas que desejam o mal físico, que usam seu humor  e sarcasmo medíocre  para desejarem o mal, seja pra quem for. Essas mesmas pessoas que em nome de Deus são consideradas nobres e integras, são as pessoas que ontem vi desejando a Morte da presidenta.
Humor? Desculpem-me, mas pra mim não passa de pessoas maquiadas de bons cidadãos mas que na verdade fedem quando expõem seus valores e opiniões.
Essa foi a postura de um jovem politico aqui da minha cidade, “pseudo bom moço”, evangélico,  que disse jurar querer comentar seu desejo que assim como aconteceu com Eduardo Campos, uma noite no Jornal Nacional e na manhã seguinte morto,  quisera acontecer com Dilma Rousself! Mas que devido aos seus bons modos não poderia desejar tal atrocidade.
Para finalizar esse post, deixo um  versículo que os cristãos bem conhecem. Deixo para que além da teoria ele possa ser conhecido e praticado, para que assim todo discurso espiritual ganhe valia quando colocado em prática.
“...porque pelo fruto se conhece a árvore.” (Mateus 12:33)

Carpe Diem

Um comentário:

Marcello Juris disse...

O mundo está cheio de muckers (falsos santos).

No espiritismo é famosa a frase "não à salvação fora da caridade".

Pois bem, por isso existem diversos lares espíritas para crianças e idosos. E os beneméritos confrades vão lá visitar, fazer sua doação de cesta básica e tirar foto com criança remelenta.

Agora, vai comentar com esses caras sobre políticas inclusivas governamentais. são todos contra e ficam até furiosos contra o governo, mostrando uma raiva contraditória com a postura de benemérito dos pobres.

É isso aí. São amigos dos pobres enquanto estiverem miseráveis.