Questão de pele... (minhas tatoos)

29 dezembro, 2010

Eu sou do mundo!


“Eu me situo, primeiro, entre os que creem na transcendentalidade; segundo, eu me situo entre aqueles que, crendo na transcendentalidade, não dicotomizam a transcendentalidade da mundanidade. Eu não posso chegar lá a não ser a partir de cá; e se cá, aqui, é exatamente o ponto em que eu me acho para falar de lá, então, é daqui que eu parto e não de lá. Eu respeito o direito que alguns têm de dicotomizar, mas eu não aceito a dicotomia. As leituras que eu fiz de Marx, de alongamentos de Marx, não me sugeriram jamais que eu deixasse de encontrar Cristo na esquina das próprias favelas. Eu fiquei com Marx na mundanidade à procura de Cristo na transcendentalidade.”




Paulo Reglus Neves Freire

3 comentários:

Unknown disse...

É curioso notar o efeito de sentido produzido pelas palavras, de acordo com o contexto discursivo no qual elas são enunciadas. “Mundanidade”, por exemplo, já foi um termo exaustivamente combatido por nós em outros momentos. Lembra-se? Até então, referia-se apenas e tão somente à “influência malévola do Príncipe dos Ares; ao curso do pecado; às trevas e ao evitável”. Hoje – graças a Deus – somos capazes de entender que “mundanidade” também é a palavra que nos nivela a todos os homens e mulheres; a todos os animais e seres vivos do mundo; a tudo, enfim, que, criado por Deus, ocupa um espaço no mundo. Mundo este que, até pouco tempo atrás, sob nosso entendimento raso, era o espaço já sentenciado à destruição; pois, aprendemos a evitá-lo para o nosso próprio bem, como se tudo o que nele há fosse, generalizadamente, mau por natureza, corrompido e passível do fogo eterno! Ora, para conceber o tal mundo assim, precisávamos assumir o “status” de Super Crente: o irrepreensível; o que não se mistura; o que não se influencia; o cheio da unção 24 horas por dia; o... E.T. Preceitos fundamentalistas! Conforme diria o “mundano” Guimarães Rosa: “cansei de evitar o evitar!” Paulo Freire foi muito feliz ao se situar entre aqueles que não dicotomizam a transcendentalidade da mundanidade. Concordo com ele. Os que se colocam a favor dessa dicotomia correm o risco de, afastando-se da realidade que os cercam para julgá-la pelos padrões do desconhecido, perderem-se de si mesmos; de sua própria humanidade. Lamento esta última condição. Também sou do mundo!
William de Oliveira Galdino

disse...

Dá.... acabei de almoçar, bebi vinho, algumas taças, e vim aqui "te ler"....
Tá dificil!!!!
rsrsrsrssrsrs
Beijos, te amo!

Feliz 2011 pra todos nós!!!!

disse...

Rê, vc é uma palhaça!!! s2 Viva a ressaca!

Falando serio agora, fico feliz William, que em meio há tantos exemplos obvios de equivocos de fé e do ativismo humano, tenhas chegado a essa conclusão.
Sinto pelo percurso, no entanto agradeço a deus pelo livre arbitrio e a oportunidade de mudar a direção, os caminhos e recomeçar.
Foi muito bom descobrir e crescer ao seu lado!