Questão de pele... (minhas tatoos)

25 junho, 2010

Cantiga para não morrer



por: Ferreira gullar



Quando você for embora
moça branca de neve
me leve.

Se acaso você não possa
me carregar pela mão,
menina branca de neve,
me leve no coração.

Se no coração não possa
por acaso me levar,
moça de sonho e de neve
me leve no seu lembrar.

E se ai também não possa
por tanta coisa que leve
já vivo em seu pensamento
menina branca de neve
me leve no esquecimento.

10 junho, 2010




Após um longo periodo de injeços de cortizona que me aliviavam a alma (e me engordavam um bocado) comecei o tratamento pra EM.
Estou na terceira injeçao!
Dia sim dia não, faço meu ritual...
Tiro minha injeçaozinha da geladeira as 20hs, às 21:30hs tomo um advil,às 22hs paro o q estou fazendo p sessao tortura.rs
Tudo bem... to exagerando!!!
A agulhinha é de uma finura q mal sinto a aplicaçao.
E como sou uma mulher mtooooooooooo corajosa, que alem de matar baratas e qualquer outro tipo de inseto, tambem me auto aplico!
A vergonha maior, foi que ao exibir minha super,hiper, mega, blaster caneta aplicadora...não a utilizei ate agora!
O disparo que a "bixinha" dá, dá-me a impressao que atravessará minha carninha violentamente!
Já me bastou o periodo das idas à farmacia,quando um farmaceutico que aparentava no minimo uns 143 anos, me aplicava os corticoides!
Devia ser muita emoçao estar diante de uma "polpança" de 26 anos... Certamente há tempos ele nao via uma dessas!!!
Mas enfim...o tratamento de Esclerose Multipla, não é tao ruim qto se imagina!
Confesso que fiquei um estrago com a primeira injeçao, mal levantava da cama. Era como se eu tivesse pego todo tipo de gripe universal (do porco, da ave, da vaca do canguru e de todas q possam ainda vir a existir!)
Agora ja me acostumei...
As reaçoes sao minimas...
To esperando o emagrecimento, que confesso q nao senti a perda de um grama sequer!Mas ainda to esperançosa! rs
Tenho sentido(e como) a perda de alguns dos meus lindos fiozinhos de cabelo... mas isso é o de menos!
Qto as surpresas ao se ler uma bula, faço questao de ter os sintomas adversos...
Depressão?
Desculpem...não foi feita p mim!
Ideaçao suicida? kkkkkkkkkk
Ta doido! Eu quero é viver!!!
O muito q me dá é uma ideaçao HOMICIDA! Mas isso vem e logo passa!kkkkkkkkkkkkkk
Tô brincando minha gente!!! Nao quero matar ninguem não!
Só sei que tenho aprendido uma coisa, que no inicio nao dava muita importancia.Talvez nao compreendia qdo um amigo me falava: " Nega, o que dá pra rir, dá p chorar, tem que viver... A vida é Selvaaaaa!!!" rs
E aqui estou eu! Vivendo cada dia, curtindo cada piada,cada companhia, cada culto como se fosse o ultimo, cada almoço como se fosse o mais perfeito banquete, cada banho como se a qualquer momento tivesse que mudar pro deserto do Saara.
Que gosto diferente tem a vida hj!
Gosto que eu gosto...
E que decidi que continuarei gostando
INDEPENDENTE
do que venha pela frente!!!

06 junho, 2010

Controverso, eu? Ricardo Gondim


Não me considero um polemista, embora reconheça a minha insistência em questionar, embora saiba que vez por outra peso nas tintas ao criticar, embora consciente do meu atrevimento por tentar derrubar vacas sagradas de seus pedestais teológicos. Um tanto de gente me escreve perguntando sobre boatos que se espalham por corredores virtuais me acusando de perigoso. Sinceramente, não me acho uma ameaça (sem bem que Hitler também não se achava!).
Vou tentar explicar pela enésima vez porque disse que estava de saída do movimento evangélico. Na verdade, minha igreja pretende ser evangélica, isto é, ser uma comunidade leal ao Evangelho. Já não me identifico com o que se tornou o "movimento evangélico" enquanto fenômeno social. Enumero minhas explicações para que fique mais didático:
1. Por razões éticas –
Não consigo acertar o passo com os escândalos que sacodem quase semanalmente o movimento evangélico. Na minha opinião, um claro sinal da septcemia moral que o devasta. Alguém diria: “Esses escândalos representam apenas uma pequena parcela do movimento e os demais não podem ser responsabilizados”. Ora, ora, se os desmandos do neopentecostalismo não representam o todo, então porque os evangélicos se valem do crescimento das mega-igrejas, dos ministérios televisivos, para impressionar com as estatísticas do IBGE? Se há necessidade de separar quem é quem, então que profetas se levantem e denunciem o circo vergonhoso que se tornou a pretensa “pregação do evangelho” que não passa de uma neurolinguística fajuta.
2. Por razões teológicas -
Milagres a granel são prometidos indiscriminadamente pelas igrejas. O movimento evangélico virou um movimento antropocêntrico. Deus foi reduzido a um poderoso consertador de problemas, a um super-gênio da lâmpada que cumpre desejos, a um magnífico Papai Noel que dá o que se pede. Oração se transformou em técnica de manipular o divino; obediência, um jeito de desobstruir os dutos por onde correm as bênçãos; e fé, uma força que arrasta o coração de Deus na direção dos humanos, sempre miseráveis.
Na verdade, se me perguntarem se concordo com um mundo engrenado pela Providência que faz com que todos os nano eventos do universo tenham a tutela de Deus, responderei que não. Se me perguntarem se creio que crianças já nascem pecaminosas e “filhas da ira”de Deus, repetirei que não. Enfim, eu jamais passaria nas provas de catecúmenos da maioria das igrejas evangélicas.
3. Por razões existenciais -

Por anos, corri, corri, sobre a plataforma evangélica de salvar almas, de garantir o céu para os pecadores danados. Quando vi que a fronteira da velhice se avizinhava, descobri que as pessoas que haviam carimbado o passaporte para a vida eterna eram malvadas, iracundas, traiçoeiras, ingratas, mais amantes de suas doutrinas do que do próximo. Eu tinha distribuído salvo conduto que dava entrada para as ruas de ouro do Paraíso, mas fracassara em ajudar homens a honrarem as calças que vestiam.
Recentemente, pregando em Natal, Rio Grande do Norte, perguntei a um pastor anglicano sobre o estado das igrejas ali. Ele respondeu que igrejas evangélicas sérias estavam em crise. Repliquei de imediato: - Não, amigo, as igrejas sérias não estão em crise, mas navegando na contracorrente.
Sei que a versão dos maldosos colou em mim; fiquei com o estigma de mal-resolvido, polêmico e até de herege. No passado, isso me inquietava, mas depois que muitas águas correram sob a ponte, conscientizei-me de que devo continuar tentando abrir picada onde não há trilha sem importar-me com a opinião dos guardiões da reta doutrina.
Se a busca inquieta por novos ares for controverso, sou controverso. Se não aceitar andar no passo da manada for controverso, eu sou controverso. Se desejar cuidar pastoralmente de famílias com filhos com paralisia cerebral, sem repetir chavões, for controverso, eu sou controverso. Se recusar a aceitar que a miséria de bilhões, que dormem com fome todas as noites, representa o controle de Deus sobre a história for controverso, então eu sou controverso.
Cambaleante, continuarei. Sob artilharia pesada, escreverei. Espicaçado por eruditos, seguirei. Esta é minha vocação, é minha sina, é meu destino. Comecei, agora vou até o fim.
Soli Deo Gloria