Hoje quero falar de um assunto que praticamente todos nós ja nos deparamos e já nos aborrecemos. A falta de ética profissional.
Esse tema abrange varias áreas em nossa sociedade, afinal mtos profissionais ocupam lugares sem muitas vezes a formação adequada para tal posto.
Isso se dá ha inúmeros fatores, como a má formação acadêmica, ou então com a má formação pessoal do cidadão. (Se é que me entendem!) rs
Ao meu ver, todo profissional deve incorporar em seu dia a dia aprendizagens que permitam o seu desenvolvimento ético e moral como pessoa, tanto em sua dimensão individual como social.
Tenho certo comigo que profissionais que se restringem em enquadrar sua prática em modelos organizacionais fechados e inflexíveis tendem a permanecer estagnados em seu progresso profissional e pessoal.
Tenho presenciado algumas posturas profissionais em meu cotidiano, que me fazem questionar a formação acadêmica e pessoal de alguns profissionais.
Para ser um pouco mais precisa, estou me referindo a profissionais da área da saúde.
Como muitos sabem, sou paciente de Esclerose Múltipla e conto com o auxílio pessoal e constante de alguns especialistas da área.
Sou grata aos céus pelos profissionais que pessoalmente me acompanham, meu neuro Dr. Victor Marçal Saab, meu psicólogo Dr. Rodrigo Martins e minha fisioterapeuta Any Brandão.
Me sinto privilegiada por poder contar com o profissionalismo prá lá de competente desses profissionais escritos com "P" maiúsculo.
No entanto, tenho ouvido relatos de companheiros de EM que me deixam boquiaberta com a falta de humanismo e tato terapeutico.
Realizei uma micro pesquisa que embasasse minhas críticas a esses profissionais que sob meu foco têm deixado muito a desejar. Em síntese, de acordo com o código de ética dos profissionais da saúde, cabe ressaltar que as questões éticas envolvendo a medicina já possuem um histórico, desde que os gregos, que influenciados pela Filosofia, e de forma mais enfática por Hipócrates, já obedeciam a um código de etiqueta e comportamento para o médico, o qual descrevia condutas de aparência saudável, voltadas a promover a serenidade, autocontrole, compaixão e dedicação, objetividade, responsabilidade e compromisso com o bem-estar do doente.
Digo que minha pesquisa foi micro, pois me bastou ler esse conceito para que eu me encha de razão ao discordar de profissionais que apresentam posturas resolutas em sustentar discursos do tipo: "não estudei para preencher papel" ou então, "me voluntário desde que preencha três papéis por dia e consulte dois pacientes no máximo".
Já presenciei por inúmeras vezes discursos como os apresentados acima, e ainda pior, quando os requisitados papeis são preenchidos, eles não relatam de fato a realidade dos pacientes.
Pacientes esses que tal profissional insiste em fidelizar dentro de um ambiente institucional publico e voluntario, que ao meu ver não deveria possuir vinculo senão para necessidades emergenciais. Afinal nao estamos em um consultorio particular.
Isso muito me entristece, pois ja necessitei de auxilio emergencial e burocrático de profissionais rasos como esses e fui alertada para que me preparasse, pois o médico(a) poderia não estar num bom dia, e se assim fosse, eu teria que estar disposta a IMPLORAR pelo "favor" que viera pedir.
Me poupem né minha gente?
Precisamos mudar nossos conceitos sobre saúde pública!
Mais que isso, precisamos mudar nossas posturas enquanto pacientes.
Acredito que é de vital importância que os profissionais do futuro estejam aptos a dar soluções aos novos desafios que se apresentam na atenção à saúde da população.
Quando falo em ética, me refiro a uma sociedade mais justa onde a dignidade de todos seja respeitada, independente do valor da consulta, da nobreza do voluntariado profissional de duas horas por semana ou nos mais diversos espaços de atendimento à saúde.
Quando pontuo sobre ética profissional, pressuponho princípios éticos na prática diária dos profissionais onde os valores morais,culturais e sociais dos indivíduos sejam respeitados.
Sou graduada e possuo nível superior concluído na área da educação e confesso que por inúmeras vezes me deparei com situações alheias à minha formação. No entanto, maior que minha graduação acadêmica está minha continua formação pessoal, e como cidadã, tais situações exigiram de mim uma postura humana e flexível.
Rogo que a "nobreza" do voluntariado venha acompanhada de uma boa dose de criticidade e politicas públicas, pois devido a questões governamentais que se isentam dos papeis que lhes cabem, necessitamos da colaboração de especialistas nas mais diversas áreas.
Contudo ao meu ver, as ongs, as associações e as cooperativas ligadas à saúde e a assistência social necessitam assumir posturas mais firmes com relação ao "merecimento" das honrarias que tais profissionais recebem dentro das entidades.
Para alcançarmos resultados eficazes, não podemos nos contentar com a bondade de míseras presenças relâmpagos semanalmente.
Antes, precisamos obter resultados coesos com uma real parceria entre médico e paciente, entre missão da instituição e postura profissional, para que os resultados adquiridos ao longo do processo que os trabalhos vêm sendo desenvolvidos, sejam resultados satisfatórios e não ilusórios.
#PRONTOFALEI