Questão de pele... (minhas tatoos)

30 setembro, 2012

Ética Profissional... Cadê?


Hoje quero falar de um assunto que praticamente todos nós ja nos deparamos e  já nos aborrecemos. A falta de ética profissional. 
Esse tema abrange varias áreas em nossa sociedade, afinal mtos profissionais ocupam lugares sem muitas vezes a formação adequada para tal posto.
Isso se dá ha inúmeros fatores, como a má formação acadêmica, ou então com a má formação pessoal do cidadão. (Se é que me entendem!) rs
Ao meu ver, todo profissional deve incorporar em seu dia a dia aprendizagens que permitam o seu desenvolvimento ético e moral como pessoa, tanto em sua dimensão individual como social. 
Tenho certo comigo que profissionais que se restringem em enquadrar sua prática em modelos organizacionais  fechados e inflexíveis tendem a permanecer estagnados em seu progresso profissional e pessoal.
Tenho presenciado algumas posturas profissionais em meu cotidiano, que me fazem questionar a formação acadêmica e pessoal de alguns profissionais.
Para ser um pouco mais precisa, estou me referindo a profissionais da área da saúde.
Como muitos sabem, sou paciente de Esclerose Múltipla e conto com o auxílio pessoal e constante de alguns especialistas da área.
Sou grata aos céus pelos profissionais que pessoalmente me acompanham, meu neuro Dr. Victor Marçal Saab, meu psicólogo Dr. Rodrigo Martins e minha fisioterapeuta Any Brandão.
Me sinto privilegiada por poder contar com o profissionalismo prá lá de competente desses profissionais escritos com "P" maiúsculo.
No entanto, tenho ouvido relatos de companheiros de EM que me deixam boquiaberta com a falta de humanismo e tato terapeutico.
Realizei uma micro pesquisa que embasasse minhas críticas a esses profissionais que  sob meu foco têm deixado muito a desejar. Em síntese, de acordo com o código de ética dos profissionais da saúde, cabe  ressaltar que as questões éticas envolvendo a medicina já possuem um histórico, desde que os gregos, que influenciados pela Filosofia, e de forma mais enfática por Hipócrates,  já obedeciam a um código de etiqueta e comportamento para o médico, o qual descrevia condutas de aparência saudável, voltadas a promover a serenidade, autocontrole, compaixão e dedicação, objetividade, responsabilidade e compromisso com o bem-estar do doente.
Digo que minha pesquisa foi micro, pois me bastou ler esse conceito para que eu me encha de razão ao discordar de profissionais que apresentam  posturas resolutas em sustentar discursos do tipo: "não estudei para preencher papel" ou então, "me voluntário desde que preencha três papéis por dia e consulte dois pacientes no máximo".
Já presenciei por inúmeras vezes discursos como os apresentados acima, e ainda pior, quando os requisitados papeis são preenchidos, eles não relatam de fato a realidade dos pacientes. 
Pacientes esses que tal profissional insiste em fidelizar dentro de um ambiente institucional publico e voluntario,  que ao meu ver não deveria possuir vinculo senão para necessidades emergenciais. Afinal nao  estamos em um consultorio particular.
Isso muito me entristece, pois ja necessitei de auxilio emergencial e burocrático de profissionais rasos como esses e fui alertada   para que me preparasse, pois  o médico(a) poderia não estar num bom dia, e se assim fosse, eu teria que estar disposta a IMPLORAR pelo "favor" que viera pedir.

Me poupem né minha gente?
Precisamos mudar nossos conceitos sobre saúde pública!
Mais que isso, precisamos mudar nossas posturas enquanto pacientes.
Acredito que é de vital importância que os profissionais do futuro estejam aptos a dar soluções aos novos desafios que se apresentam na atenção à saúde da população. 
Quando  falo em ética, me refiro a uma sociedade mais justa onde a dignidade de todos seja respeitada, independente do valor da consulta, da nobreza do voluntariado profissional de duas horas por semana ou nos mais diversos espaços de atendimento à saúde.
Quando pontuo sobre ética profissional, pressuponho princípios éticos na prática diária dos profissionais onde os valores morais,culturais e sociais dos indivíduos sejam respeitados. 
Sou graduada e possuo nível superior concluído na área da educação e confesso que por inúmeras vezes me deparei com situações alheias à minha formação. No entanto, maior que minha graduação acadêmica está minha continua formação pessoal,  e como cidadã, tais situações exigiram de mim  uma postura humana e flexível.
Rogo que a "nobreza" do voluntariado venha acompanhada de uma boa dose de criticidade e politicas públicas,  pois devido a questões governamentais que se isentam dos papeis que lhes cabem, necessitamos da colaboração de especialistas nas mais diversas áreas.
Contudo ao meu ver, as ongs, as associações e as cooperativas ligadas à saúde e a assistência social necessitam  assumir  posturas mais firmes com relação ao "merecimento"  das honrarias que tais profissionais recebem dentro das entidades.
Para alcançarmos resultados eficazes, não podemos nos contentar com a bondade de míseras presenças relâmpagos semanalmente.
 Antes, precisamos obter resultados coesos com uma real parceria entre médico e paciente, entre missão da instituição e postura profissional, para que os resultados adquiridos ao longo do processo que os trabalhos vêm sendo desenvolvidos, sejam resultados satisfatórios e não ilusórios.
#PRONTOFALEI

07 setembro, 2012

As coisas valem mais que as pessoas?

As coisas valem mais que as pessoas. Não? Mas é o que parece!!!
Pois bem... é exatamente com essa situação que me deparei dia desses.
Após assistir a uma peça de teatro mto bacana, após horas de conversa com uma amiga (Cibele) vinda de Belo Horizonte para passar alguns dias na cidade. Me vi diante de um projeto de ser humano simplesmente nojento.
Exatamente isso. Nojento!
Quem me conhece sabe que a palavra nojo é algo que evito ao máximo em falar. Contudo, dessa vez foi inevitável.
Ao deixar minha amiga na casa onde ela estava hospedada, parei meu carro em frente ao portão automático enquanto ela apertava o interfone.
Ja era tarde, e eu decidi espera-la entrar.
Um carro paralelo ao meu, parou e acionou o portão.
O mesmo estava em lado oposto e via perfeitamente que a traseira do meu carro estava em frente ao portão.
Euzinha, nao me dei conta q a moçoila do carro ao lado estava prestes a entrar no condomínio. 
Como disse à minha amiga que a esperaria entrar, a porta do carro estava entre aberta.
Grande foi minha surpresa ao perceber que o portão automático estava forçando a traseira do meu carro.
A moçoila, bonita, loira e nojenta, nem se quer se deu o trabalho de abrir a boca deseducada para me avisar que iria entrar na garagem.
Eu fiquei passada, ao ver q ela simplesmente acionou o portão sem se importar com meu carro.
Abri meu vidro, olhei pra cara da criatura e disse: Nao acredito que vc abriu o portão sem ao menos esperar eu sair da frente! Vc bateu no meu carro!!!
A deseducada, e arrogante nem  se deu o trabalho de olhar pra minha cara. Apenas disse em voz alta que o azar era o meu, afinal eu havia parado em frente ao portão.
Fiquei sem reação! Engoli seco meia duzia de palavrões, e apenas exclamei: Vc é muito indelicada, que nojo de pessoa hein querida!!!
De fato,eu estava errada, pois parte do meu carro estava mesmo tomando espaço da entrada da garagem.
No entanto, isso não justifica a falta de tolerância da deselegante arranhar parte do meu carro, pela força do portão.
Claro que me aborreci com o estrago no carro. Mas confesso que o que mais me impressionou, foi a atitude de descaso daquela mulher.
Fico péssima, quando sinto asco por alguém. E essa criatura não mereceu sentimento além do asco e do desprezo.
Fiquei ainda mais surpresa qdo soube da procedência do projeto humano. 
É nora de uma pessoa pública aqui da cidade, evangélica que no mínimo deveria estar chegando do santo lugar , naquele momento.
Horas que ao meu ver não valeram de nada, pois saiu de la crua, de alma amarga e intolerante.
Fico pensando como as pessoas nao medem as palavras, não se colocam no lugar das outras pessoas, não se importam com a historia de vida que estão escrevendo.
Por puro auto controle e egocentrismo em preocupar-me com minha saúde, nem me dei ao trabalho de sair do carro. Só vi o estrago qdo cheguei em casa.
Juro que o arranhão, não me decepcionou mais que a falta de tato e o descaso daquela moça.
Vivemos num tempo em que a pressa, o valor à coisas materiais e a desvalorização das pessoas imperam.
Numa sociedade que não se preocupa com a coerência de se viver o que se professa.
Vivemos com olhares egoístas, sem se preocupar com a condição e com os sentimentos alheio.
Simplesmente lamentável.
Quanto ao meu carro ja esta prestes a passar pela funilaria. 
Quanto a essa moça, desejo do fundo do meu coração que ela possa viver de fato a fé que ela professa. E se ainda assim seu coração for tão inflexível ao ponto de nao fazer jus aquilo que prega, tornando horas do seu domingo, horas perdidas na igreja, que a vida lhe dê a oportunidade de aprender o significado de tolerância e humanismo.